muito gostaria de escrever sobre os motivos da greve, mas mais não diria que quem a convoca e que todos os que lhe aderem.
por motivos de greve geral, não haverá novos posts até haver balanço e descanso.
Tuesday, May 29, 2007
Wednesday, May 09, 2007
Friday, May 04, 2007
Como destruir o Associativismo Estudantil autónomo - um guia teórico
Imaginemos, por mera hipótese académica, que o associativismo estudantil representa um obstáculo à destruição do sistema educativo público, porque é uma voz independente e autónoma, que responde perante os estudantes, sem outra intenção que não a da defesa dos seus direitos. Imaginemos, mesmo que só por breves instantes, que os governos portugueses dos últimos anos tinham mesmo a intenção de entregar aos interesses privados a área da Educação, seguindo a orientação conhecida da Organização Mundial do Comércio.
Podemos então deduzir que, no rumo da privatização do Ensino e do desmantelamento do sistema de formação de quadros nacional para a construção, as associações de estudantes podem de facto constituir um obstáculo à política neo-liberal. Porque elas reclamam contra as propinas, contra a falta de qualidade, contra a degradação dos edifícios das instituições, contra a falta de condições de aprendizagem, contra a ausência de bolsas, contra o numerus clausus, contra a inexistência de residências, contra a falta de transportes, porque elas dinamizam o desporto, a cultura, e tantas outras coisas, hipoteticamente incómodas.
Aceitemos, a pedido meu, a hipótese. Poder-se-ia então dizer que, e peço-vos que também aceitem esta nova suposição, as associações de estudantes são um alvo preferencial de intervenção dos partidos que constituem governo.
Talvez neste mundo imaginário e momentâneo, a Juventude Socialista tivesse traçado a orientação de federar o mais possível o associativismo estudantil. Talvez essas suposições justifiquem a orientação política de acabar com as associações de estudante sno plano político e dominar as federações, controlando assim o papel das associações estudantis nesse plano.
Seria um mundo imaginário feio. sem associações de estudantes, apenas com estruturas distantes e poderosoas, verdadeiras empresas da política e das semanas académicas, à mercê exclusivamente dos grandes movimentos partidários da juventude.
Num mundo imaginário assim, não existiriam Associações de Estudantes nas faculdades da Universidade de Lisboa, apenas algo chamado (quem sabe...) Associação Académica da Universidade de Lisboa. Uma coisa que afastasse tanto tanto a estrutura dos estudantes que eles próprios não conseguiriam nunc candidatar-se sem o apoio, mais ou menos expícito de uma juventude partidária.
Imaginemos um mundo onde os estudantes já nem sequer têm associações. Têm apenas disputas tristes de poder. o associativismo é substituído pelo partidarismo e pela política dos pequenos. Triste mundo.
facto1: na maior parte dos países da Europa (e mesmo do mundo) já não existe o conceito de associação de estudantes. existem apenas estruturas de poder às quais as forças políticas se candidatam - é o modelo que o Bloco de Esquerda defende em Portugal pela via dos chamados "sindicatos de estudantes".
facto2: em portugal, a js (juventude socialista?) defende a centralização da representatividade associativa estudantil em grandes estruturas semelhantes a federações no plano nacional, e a académicas no plano da universidade. Nesse sentido, a JS tem defendido através das suas posições no movimento associativo, a criação de uma federação de associações de estudantes do Ensino Universitário Público que retire ao ENDA (Encontro Nacional de Direcções Associativas) a capacidade de definir seja o que for.
especulação muito séria: será por isto que, contra a vontade de muitas AAEE da Universidade de Lisboa e nas costas da esmagadora maioria dos estudantes, um grupo anda a querer fazer crer que existe um AAUL e para a qual até já há listas e eleições marcadas?
opinião: a lei está feita à medida do separatismo estudantil, da autofagia associativa. temos pena por isso lutámos sempre contra ela. no entanto, neste caso, mesmo à luz desta lei do associativismo jovem que não vale nada, esta tal de AAUL é manifestamente ilegal.
Podemos então deduzir que, no rumo da privatização do Ensino e do desmantelamento do sistema de formação de quadros nacional para a construção, as associações de estudantes podem de facto constituir um obstáculo à política neo-liberal. Porque elas reclamam contra as propinas, contra a falta de qualidade, contra a degradação dos edifícios das instituições, contra a falta de condições de aprendizagem, contra a ausência de bolsas, contra o numerus clausus, contra a inexistência de residências, contra a falta de transportes, porque elas dinamizam o desporto, a cultura, e tantas outras coisas, hipoteticamente incómodas.
Aceitemos, a pedido meu, a hipótese. Poder-se-ia então dizer que, e peço-vos que também aceitem esta nova suposição, as associações de estudantes são um alvo preferencial de intervenção dos partidos que constituem governo.
Talvez neste mundo imaginário e momentâneo, a Juventude Socialista tivesse traçado a orientação de federar o mais possível o associativismo estudantil. Talvez essas suposições justifiquem a orientação política de acabar com as associações de estudante sno plano político e dominar as federações, controlando assim o papel das associações estudantis nesse plano.
Seria um mundo imaginário feio. sem associações de estudantes, apenas com estruturas distantes e poderosoas, verdadeiras empresas da política e das semanas académicas, à mercê exclusivamente dos grandes movimentos partidários da juventude.
Num mundo imaginário assim, não existiriam Associações de Estudantes nas faculdades da Universidade de Lisboa, apenas algo chamado (quem sabe...) Associação Académica da Universidade de Lisboa. Uma coisa que afastasse tanto tanto a estrutura dos estudantes que eles próprios não conseguiriam nunc candidatar-se sem o apoio, mais ou menos expícito de uma juventude partidária.
Imaginemos um mundo onde os estudantes já nem sequer têm associações. Têm apenas disputas tristes de poder. o associativismo é substituído pelo partidarismo e pela política dos pequenos. Triste mundo.
facto1: na maior parte dos países da Europa (e mesmo do mundo) já não existe o conceito de associação de estudantes. existem apenas estruturas de poder às quais as forças políticas se candidatam - é o modelo que o Bloco de Esquerda defende em Portugal pela via dos chamados "sindicatos de estudantes".
facto2: em portugal, a js (juventude socialista?) defende a centralização da representatividade associativa estudantil em grandes estruturas semelhantes a federações no plano nacional, e a académicas no plano da universidade. Nesse sentido, a JS tem defendido através das suas posições no movimento associativo, a criação de uma federação de associações de estudantes do Ensino Universitário Público que retire ao ENDA (Encontro Nacional de Direcções Associativas) a capacidade de definir seja o que for.
especulação muito séria: será por isto que, contra a vontade de muitas AAEE da Universidade de Lisboa e nas costas da esmagadora maioria dos estudantes, um grupo anda a querer fazer crer que existe um AAUL e para a qual até já há listas e eleições marcadas?
opinião: a lei está feita à medida do separatismo estudantil, da autofagia associativa. temos pena por isso lutámos sempre contra ela. no entanto, neste caso, mesmo à luz desta lei do associativismo jovem que não vale nada, esta tal de AAUL é manifestamente ilegal.
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