a festa está de pé, contra muitas vontades,
serão sempre mais fortes as nossas porque trazem sangue e coragem.
a festa está, como sempre, mas ainda mais, bonita.
hoje, os olhos já franziam em sorrisos de ansiedade e de esperança,
e sempre, como antes e depois, confiança.
Sunday, August 31, 2008
arena da esperança
porque eu não conhecia e porque sei que vão gostar. aqui fica uma sugestão para a malta conhecer e outros, certamente, reviverem.
Tuesday, August 12, 2008
Algumas notas de Agosto
Sinceramente, em mês de Agosto, sinto pouca vontade de escrever. No entanto, a terra continua a girar e, por isso mesmo, as barbaridades continuam a jorrar por esse mundo fora e isso não me deixa sossegado sem mandar pelo menos umas postas.
1. Que diriam a tv e comunicação social dominante se os jogos olímpicos fossem, por exemplo, nos EUA e um conjunto de visitantes - supostos espectadores - com visto turístico aproveitassem a ocasião para envergar t-shirts a dizer: encerrem guantanamo, libertem o iraque!
2. Que diriam os mesmos órgãos de Comunicação Social se os jogos se realizassem em Espanha e um conjunto de visitantes, com visto turístico, realizasse manifestações para a libertação do País Basco?
3. Que diria a comunicação social se a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim tivesse sido em qualquer outro país? talvez chegasse mesmo a ser a mais bela, mais impressionante e mais bem preparada da história dos jogos da época moderna?
4. Que diria a comunicação social se o referendo revogatório na bolívia tivesse tido outro desfecho?
5. Que diriam os jornais se na Mongólia tivesse ganho outra força política que não os comunistas e a oposição lhes incendiasse as sedes e atacasse os militantes?
6. Que diriam os EUA e a comunicação social se o conflito georgiano estivesse a desenrolar-se numa região da ex-jugoslávia?
E levanto as questões em forma de perguntas embora desconfie saber as respostas, mas porque assim poderá ser uma boa forma de induzir raciocínios críticos no leitor. Embora, quase com certeza absoluta, saiba também que o leitor desta folha, tenha para estas perguntas respostas muito semelhantes às minhas!
boas férias a todos!
1. Que diriam a tv e comunicação social dominante se os jogos olímpicos fossem, por exemplo, nos EUA e um conjunto de visitantes - supostos espectadores - com visto turístico aproveitassem a ocasião para envergar t-shirts a dizer: encerrem guantanamo, libertem o iraque!
2. Que diriam os mesmos órgãos de Comunicação Social se os jogos se realizassem em Espanha e um conjunto de visitantes, com visto turístico, realizasse manifestações para a libertação do País Basco?
3. Que diria a comunicação social se a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim tivesse sido em qualquer outro país? talvez chegasse mesmo a ser a mais bela, mais impressionante e mais bem preparada da história dos jogos da época moderna?
4. Que diria a comunicação social se o referendo revogatório na bolívia tivesse tido outro desfecho?
5. Que diriam os jornais se na Mongólia tivesse ganho outra força política que não os comunistas e a oposição lhes incendiasse as sedes e atacasse os militantes?
6. Que diriam os EUA e a comunicação social se o conflito georgiano estivesse a desenrolar-se numa região da ex-jugoslávia?
E levanto as questões em forma de perguntas embora desconfie saber as respostas, mas porque assim poderá ser uma boa forma de induzir raciocínios críticos no leitor. Embora, quase com certeza absoluta, saiba também que o leitor desta folha, tenha para estas perguntas respostas muito semelhantes às minhas!
boas férias a todos!
Monday, August 04, 2008
como as coisas (infelizmente) são
O PCP apresentou na Assembleia da República um Projecto de Resolução que propunha medidas de urgência para o financiamento do Ensino Superior Público. Na verdade, o Ensino Superior Público precisa de muito mais do que simples paliativos, no entanto, a situação agrava-se de tal forma que se torna necessário intervir mesmo no plano da urgência.
Claro que, numa perspectiva programática, o Ensino Superior Público carece, isso sim, de um sério investimento público e de uma verdadeira política de dignificação e aposta na qualidade, apostando forte na democratização do acesso e da frequência como forma de dinamizar a própria economia nacional, particularmente a baseada numa mão-de-obra qualificada. A situação actual, porém, exige medidas extraordinárias. O PCP propôs assim um conjunto de medidas de emergência para que o Ensino Superior Público não colapsasse e para que se libertasse da pressão e da governamentalização que os contratos de saneamento financeiro impõem às instituições.
Tendo em conta que a situação exige medidas práticas e urgentes, é bastante compreensível que o Bloco de Esquerda tenha também apresentado a sua proposta, também através de Projecto de Resolução. O que já não será tão simples compreender é o conteúdo do referido projecto.
O Bloco de Esquerda encetou assim um processo de discussão mais profunda, sobre o cerne do financiamento do ESP. Ora, assim sendo, só um caminho seria possível para o PCP: o da consagração da gratuitidade e o da responsabilização do Estado perante o ESP. O BE preferiu tirar coelhos da cartola e acabou por forçar o PCP a abster-se na votação. Compreensivelmente não poderíamos esperar que o PCP votasse um projecto que propõe que a própria Lei do Financiamento do Ensino Superior Público seja alterada para pior, consagrando legalmente a possibilidade de as propinas financiarem o funcionamento das Instituições.
Portanto, a abstenção do PCP no Projecto do Bloco é não só compreensível, como exigível.
Na Assembleia da República, todavia, verificam-se as mais estranhas coisas e mais mesquinhos comportamentos. Fica a dúvida: "por que razão, senão a de responder com moeda igual - mesmo sem motivação política - se absteve o BE no Projecto do PCP?"
Claro que, numa perspectiva programática, o Ensino Superior Público carece, isso sim, de um sério investimento público e de uma verdadeira política de dignificação e aposta na qualidade, apostando forte na democratização do acesso e da frequência como forma de dinamizar a própria economia nacional, particularmente a baseada numa mão-de-obra qualificada. A situação actual, porém, exige medidas extraordinárias. O PCP propôs assim um conjunto de medidas de emergência para que o Ensino Superior Público não colapsasse e para que se libertasse da pressão e da governamentalização que os contratos de saneamento financeiro impõem às instituições.
Tendo em conta que a situação exige medidas práticas e urgentes, é bastante compreensível que o Bloco de Esquerda tenha também apresentado a sua proposta, também através de Projecto de Resolução. O que já não será tão simples compreender é o conteúdo do referido projecto.
O Bloco de Esquerda encetou assim um processo de discussão mais profunda, sobre o cerne do financiamento do ESP. Ora, assim sendo, só um caminho seria possível para o PCP: o da consagração da gratuitidade e o da responsabilização do Estado perante o ESP. O BE preferiu tirar coelhos da cartola e acabou por forçar o PCP a abster-se na votação. Compreensivelmente não poderíamos esperar que o PCP votasse um projecto que propõe que a própria Lei do Financiamento do Ensino Superior Público seja alterada para pior, consagrando legalmente a possibilidade de as propinas financiarem o funcionamento das Instituições.
Portanto, a abstenção do PCP no Projecto do Bloco é não só compreensível, como exigível.
Na Assembleia da República, todavia, verificam-se as mais estranhas coisas e mais mesquinhos comportamentos. Fica a dúvida: "por que razão, senão a de responder com moeda igual - mesmo sem motivação política - se absteve o BE no Projecto do PCP?"
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