A própria concepção hegemónica de "liberdade individual" e de "direitos individuais" está fortemente contaminada pela dominância burguesa das relações sociais. A concentração da ideologia sobre o indivíduo e a absolutização das chamadas "liberdades individuais" gera uma contradição insanável num contexto social. Ou seja, se considerando isoladamente cada ser humano, se pode absolutizar o seu "direito", a sua "liberdade", o mesmo não pode fazer-se quando se insere cada indivíduo na sociedade, num colectivo - mais ou menos coeso, não importa.
A "liberdade individual" começa a ganhar toda uma nova dimensão no contexto social. A "liberdade individual" de roubar implica a não-liberdade de ser roubado. A "liberdade individual" de gritar, implica a não-liberdade de ouvir. A "liberdade individual" de explorar implica a não-liberdade de ser explorado.
P: Quais são, pois, as "liberdades individuais" que o comunismo, tendencialmente, suprime?
R: As liberdades individuais que implicam a supressão de liberdades colectivas.
Por exemplo, a apropriação privada de uma mais-valia gerada pelo trabalho alheio.
Outro exemplo, a propriedade privada dos serviços essenciais à vida do colectivo.
P: Quais são as "liberdades individuais" que o capitalismo, tendencialmente, suprime?
R: Todas as liberdades individuais que compõem as liberdades colectivas e que implicam a supressão da liberdade individual de alguém colocado acima no posicionamento de classe.
Por exemplo, a liberdade de trabalhar sem ser explorado.
Outro exemplo, a liberdade de partilhar os recursos essenciais à vida do colectivo.
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