O dinheiro não é público nem privado, o dinheiro é uma medida convencionada dos frutos do Trabalho. A ideia de que existe um dinheiro público sobre o qual todo o cuidado deve ser tido e um outro sobre o qual ninguém pode sequer questionar o destino, a origem e os usos, serve o capital privado no plano ideológico.
Na verdade, o dinheiro colocado nos circuitos privados tem a mesma origem que o restante: o Trabalho, sendo que é apropriado por uma entidade que não obedece a interesses colectivos, mas apenas a interesses privados. Ou seja, é dinheiro roubado ao colectivo e colocado ao serviço de um grupo restrito. Para simplificar, daqui excluamos a componente de dinheiro "privado" que resulta directamente da retribuição do trabalho, ou seja, os salários.
Entendendo-se assim por "dinheiros privados" os dividendos e lucros e por "dinheiros públicos" as receitas do estado. A utilização dos "dinheiros privados" tem sido, portanto ilibada de qualquer limitação, tal como quem os usa tem sido alijado de qualquer responsabilidade. Os "dinheiros privados", afinal de contas, são apenas a parte apropriada dos recursos públicos.
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