Mais uma voltinha...
Esta cena é mesmo daquelas que um gajo já nem sabe o que há-de dizer. Presumo que, pelo título deste post, saberás perfeitamente de que animal político estou a falar. Nem podia estar a referir-me a outro que não ao esplendoroso Sr. Adalberto, esse destemido combatente pelo povo do nosso lindo arquipélago da Madeira.
Que fazer? Já começa a ser demais... só falta mesmo aquele anormal migrar para o continente e ninguém lhe aviar um bruto dum enxerto de porrada, como ele há muito merece. O problema é que lá nas ilhas onde é rei, o senhor domina tudo quanto é negócio, tudo quanto é órgão de comunicação social e tudo quanto é investimento. Este senhor exerce o poder à velha moda. Esconde do povo da Madeira a verdade sobre o dia a dia do que se passa fora da ilha e convence tudo e todos que, fora da Madeira, somos todos uns animais sujos que nem estradas têm para andar de carro.
Da última vez que lá estive, tive a oportunidade de ver a realidade que não tinha testemunhado na minha primeira visita. Tive a triste oportunidade de ver mais do que a cidade do Funchal. E, só me faltou chorar... mas nã faltou muito. A degradação a que estão sujeitas as populações das zonas mais pobres é realmente assustadora. A pobreza é extrema e contrasta abissalmente com a opulência dos túneis, das vias rápidas e das lindíssimas vivendas de luxo do Funchal.
Agora, para além de todas as barbaridades que vêm flutuando sobre o atlântico com os ventos de sudoeste, chegou-nos a última moda em política ditatorial.
O ordinário, que bate aos pontos este blog e todos os amigos nele referidos em termos de barbaridade, acabou de se referir a chineses e indianos, pouco depois de ter chamado "filhos da puta" aos jornalistas.
Ora, este rastejante insular, amigo íntimo de uma mula com quem já passou ferverosos momentos, vem-nos agora dizer que não quer lá os Chineses e Indianos na Madeira. O pior é que diz isto sem nível nenhum. Tipo: podia fundamentar estas teses com teoria política, tipo escrevendo um "Mein Insel", mas nem isso. O pobre fica-se mesmo pela baixaria e nem sequer contribui para o património ideológico da política mundial.
O que não podemos já tolerar é que um homenzito, que só por acaso ocupa um lugar para que foi eleito, sendo esse um dos lugares de maior responsabilidade no Estado Português, se dê ao luxo de dizer tudo o que lhe vai na demente marmita, sem que por isso, preste contas a ninguém.
Pá, já chega! Agora não quer lá os chineses, qualquer dia não quer lá os madeirenses e depois?
Aquele Arquipélago consome milhões e milhões de Euros ao Estado e não se vê nada de lá em troca sem ser aquela besta quadrada e seu típico vernáculo.
Os coitados dos madeirenses não têm outro remédio senão aturar a besta. Aliás: o pior é que muitos acham que o gajo é mesmo o grande defensor dos seus interesses. Grande parte do povo daquela região nunca se deslocou ao continente português ou nunca saiu da própria ilha em que vive. Vive-se um clima de total ignorância sobre o exterior. Pensa-se que a Madeira é uma zona fortmente desenvolvida, quando na verdade aquilo mete dó.
Ora, se os grandes ideólogos da extrema direita sempre escreveram uns livritos, este nosso pequeno bacorinho não deveria deixar-se ficar. Mas desengane-se quem julga que o coloco no mesmo patamar de inteligência ou capacidade política que os seus inspiradores. Enquanto que "Mein Kampf" pode ser considerado uma produção política, "Mein Insel" não passaria de um escarro junto às beatas de cigarro no chão da taberna.
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