Mercados - um mercado, em strictu sensu é um circuito de troca de bens, produtos e valor. Um mercado não é uma entidade, mas nele intervêm entidades. Num mercado intervém um vendedor, um comprador, um distribuidor, um produtor, enfim, um conjunto que se pode, para cada transacção, resumir a vendedor e comprador.
A utilização do termo "mercados" pelos políticos, pelos opinadores e por todos os teóricos do capitalismo serve, portanto, não para referir um circuito de trocas (que não se agita nem se acalma), mas para mascarar a verdade: "o grande capital" é o tal "mercado" de que falam.
Quando nos dizem que é preciso "acalmar os mercados", estão a dizer-nos sem assumir que é preciso "acalmar os patrões". Ora o que acalma os grandes capitalistas? Simples: o campo aberto à exploração e ao lucro.
Eis que, subrepticiamente, de "acalmar os mercados" nasce toda uma torrente de políticas retrógradas e de retrocessos civilizacionais como a desregulação das relações laborais, a diminuição salarial, o corte nas férias dos trabalhadores, o desemprego e a facilitação dos despedimentos, as injecções de capital na banca, o aumento dos preços e o alastramento da pobreza. Sempre, mas sempre, a bem da concentração da riqueza. Eis, satisfeitos, os "mercados".
Friday, February 17, 2012
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